15/12/2019 • • por Andre Massaro

Uma grande oportunidade… de perder dinheiro


Já dizia o grande economista e bicho-papão do capitalismo Milton Friedman: “Não existe almoço grátis”. Não existe moleza, não existe vantagem e não existe alto retorno com baixo risco (aliás, até mesmo alto retorno com ALTO risco é difícil de encontrar).

No entanto, em pleno Século XXI, as pessoas ainda insistem em acreditar no tal “almoço grátis”.

Provavelmente, eu seria a pessoa mais rica do mundo se eu recebesse um real para cada vez que me perguntam se “_____________ é confiável” (insira aí o nome do golpe, esquema de pirâmide, guru financeiro ou curso de investimentos picareta que te apresentaram).

Então, já que eu fiz uma menção ao grande Milton Friedman (mentor do nosso atual Ministro da Fazenda), vou soltar mais uma frase popular (esta de autor desconhecido): “Se parece um cavalo, tem cheiro de cavalo e relincha como um cavalo é porque, provavelmente, é um cavalo”.

A seguir, vou mostrar alguns pontos de alerta e evidências de que o “cavalo” é, realmente, um cavalo.

Uma fragilidade (quase) universal

Uma das grandes “dores” da Humanidade está associada ao dinheiro (ou, mais especificamente, à FALTA dele). Quem está “no sufoco”, busca uma saída rápida para resolver os problemas financeiros. Quem não está “tão no sufoco assim”, tem ambições e almeja uma vida melhor.

Poucas são aquelas pessoas que, simplesmente, não querem ou não precisam de mais dinheiro. Por conta disso, os golpistas sabem que os problemas financeiros e a ambição são fragilidades facilmente exploráveis.

Se você fizer uma promessa de enriquecimento absolutamente absurda, muita gente vai duvidar de você (ou até te atacar), mas muitos vão cair. Os golpistas sabem disso. Vira aquilo que, em Inglês, se chama de numbers game. Você faz a oferta para cem pessoas. Setenta vão te ignorar. Vinte e cinco vão te xingar e acusar de ser um picareta (com razão). Cinco vão te pedir mais informações e dois vão cair como patinhos.

É assim que golpistas “filtram” para achar pessoas ingênuas e/ou gananciosas, que são as vítimas perfeitas desses golpes financeiros.

E aí, é só repetir o processo!

Excesso de generosidade

Responda à seguinte pergunta:

Se alguém tem o conhecimento, uma fórmula ou método que permita obter um retorno de, digamos, 20% ao mês, POR QUE RAZÃO essa pessoa compartilharia isso?

Por que motivo alguém que tem a capacidade de dobrar o dinheiro a cada mês precisaria do SEU DINHEIRO? Por que motivo alguém com essa capacidade se daria ao trabalho e à “encheção de saco” de ter clientes e uma estrutura empresarial para fazer isso?

Por que motivo alguém venderia, por algumas centenas ou milhares de reais, um curso, software ou relatório financeiro com o potencial de te trazer MILHÕES de reais?

Bem… Você não acreditou naquela conversa de que a pessoa quer “compartilhar o conhecimento para o bem da Humanidade” ou quer “retribuir as bênçãos que recebeu”, não é mesmo?

Se você obtiver uma resposta satisfatória para alguma dessas perguntas, me escreva, pois estou muito curioso em saber.

Você é “o escolhido”

Agora vamos assumir, por um momento, que alguém REALMENTE tenha a fórmula mágica para ganhar dinheiro. Por que essa pessoa compartilharia essa dádiva COM VOCÊ?

Quem é você para ser merecedor de tamanho presente?

Os golpistas e vigaristas sabem que essa coisa de ser o “escolhido” é um dos grandes “gatilhos mentais” que levam as pessoas a tomarem decisões impensadas. Não é a toa que muitas ofertas suspeitas sempre vem com dizeres como “exclusivo para pessoas especiais”, “apenas um grupo selecionado terá acesso a isso” e coisas do gênero.

Pior ainda é quando a pessoa recebe a oferta por email (que deve ter sido enviado para uma lista de centenas de milhares de emails), dizendo que aquela oferta é “exclusiva” para ela… E ela acredita!

Pelamor, né?

Conclusão

Quando me perguntam se “tal coisa é confiável”, muitas vezes eu nunca ouvi falar do que é aquela coisa. Porém, eu não preciso, pois todas essas picaretagens seguem um padrão.
Todas elas têm “a mesma cara” e eu sei qual vai ser o desfecho.

Então, as minhas dicas finais são:

Se a promessa parece suspeita, é porque, muito provavelmente, ela É suspeita.

Se você sente necessidade de perguntar (para mim ou qualquer outra pessoa) se “tal coisa é confiável”, é porque você já desconfiou. Confie nos seus instintos e fique fora!

E, para finalizar… Se você quiser entender o mercado financeiro de um jeito SIMPLES, aprender sobre investimentos e, mais importante, saber como identificar (e evitar) golpes e armadilhas, conheça meu curso “Blueprint – Formação de investidores”.

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