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Perguntas hipotéticas (aquelas perguntas que começam com “e se…”) são uma excelente ferramenta de exploração intelectual e, de quebra, são ótimas para estimular discussões interessantes (ainda mais nos tempos atuais, onde as conversas e discussões vão ficando cada vez mais rasas).

Antes de prosseguirmos, um comentário importante: Se você frequenta este site e lê meus artigos com alguma frequência, sabe que temos alguns temas maio recorrentes aqui. Além dos já habituais temas de finanças e negócios, outros dois temas que costumam estar sempre presentes são o pensamento crítico (que é a aplicação da lógica informal para testar argumentos e hipóteses) e o gerenciamento de riscos (afinal, um pouco de paranoia é algo que faz bem…).

As perguntas “e se” são perguntas condicionais que induzirão, em alguns casos, a pensar em cenários extremos e improváveis. Por isso, para que o exercício seja efetivo, é importante que a resposta não seja, simplesmente, descartar a questão (“ahhh…. isso não tem a menor chance de acontecer”).

A diferença entre “possível” e “provável”

Aqui, é um momento interessante para fazer uma distinção entre “possível” e “provável”. Uma coisa é possível se, por exemplo, ela não está limitada pelas Leis da Física ou da Matemática. Se algo tiver uma mínima chance de acontecer (seja um meteoro colidir com a Terra, uma invasão alienígena ou alguma seleção obscura ganhar a Copa do Mundo), então, é POSSÍVEL.

No caso de uma invasão alienígena, não temos (ao menos por enquanto) evidências de vida inteligente fora da Terra. Mas como ausência de evidência não é sinônimo de evidência de ausência, não podemos descartar a possibilidade de que exista vida inteligente. Neste caso, a descoberta de vida inteligente seria algo parecido com a famosa metáfora do Cisne Negro (de John Stuart Mill, posteriormente popularizada por Nassim Taleb). Acreditava-se que só existiam cisnes brancos, até o dia que um cisne negro simplesmente “apareceu”…

Já a probabilidade está associada à chance de algo acontecer (“chance” e “probabilidade” são, praticamente, sinônimos neste contexto). “Possibilidade” é uma condição para que haja “probabilidade”. Algo impossível não é nem provável e nem improvável. Simplesmente… é impossível!

Um exercício de “e se” deve considerar questões improváveis. Questões impossíveis podem ficar de fora mas, se for apenas pelo exercício mental, você poderia considerar coisas impossíveis também (“e se a gravidade deixar de existir?”)

Uma (pequena) lista de perguntas condicionais “e se”

Para onde vamos?

Se você observar a lista de perguntas que eu fiz, você notará que ela é pequena (uma lista completa é potencialmente infinita) e, de forma geral, eu evitei temas excessivamente controversos (bem, talvez a pergunta sobre matar uma pessoa tenha sido meio mórbida…).

É possível fazer uma lista de perguntas que sejam, realmente, sobre “tabus”, questionando valores, crenças e convicções profundas. Mas, neste caso, melhor que essas perguntas sejam usadas apenas como um exercício mental solitário, e não como forma de puxar conversa em uma mesa de boteco…

De qualquer forma, ainda que seja um exercício solitário, o hábito de fazer perguntas condicionais “bizarras” a si próprio vai te ajudar a desenvolver a capacidade de raciocinar com mais clareza, de forma mais lógica e vai te ajudar a identificar uma série de riscos e fragilidades em sua própria vida, que te permitirão se preparar melhor.

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