A importância do autoconhecimento para o seu sucesso

Se você tem alguma dúvida sobre a importância do autoconhecimento para o seu sucesso, veja o que você acha da definição (minha) de sucesso, a seguir:

“Sucesso” é uma coisa difícil de definir e de identificar. Mas, como regra geral, podemos dizer que existem dois tipos de sucesso: O primeiro tipo de sucesso é aquele que, simplesmente, “acontece com você” (e que pode ser atribuído à sorte). O segundo tipo é aquele sucesso que você ”constrói” (e esse é, em grande parte, resultado do autoconhecimento e de suas ações).

Pois é, o sucesso pode acontecer, em sua vida, por razões imprevistas e aleatórias. Porém, se você pretende, ativamente, “construir” o seu sucesso, dificilmente conseguirá fazer isso sem autoconhecimento.

E, uma observação: O autoconhecimento é importante para QUALQUER tipo de sucesso. Porém, como este é um site que fala, principalmente, de dinheiro e assuntos correlatos, vamos falar sobre a importância do autoconhecimento com ênfase para os investimentos, o empreendedorismo e a carreira profissional (que são “fontes de dinheiro”).

O que é autoconhecimento

Autoconhecimento é ter conhecimento de seus próprios estados mentais, seus comportamentos, seus medos e suas motivações básicas.

É a “representação” que fazemos de nós mesmos e que pode ser mais ou menos próxima da realidade. Quanto mais nossa representação interna reflete nossa realidade, maior o nosso grau de autoconhecimento.

Podemos dizer, também, que o autoconhecimento é a capacidade de respondermos, sobre nós mesmos, as seguintes perguntas:

• Quem eu sou?
• Qual a imagem que eu transmito para as pessoas?
• Quais são as minhas forças?
• Quais são as minhas limitações?
• Quais são os meus valores pessoais?
• Quais são as minhas crenças?
• Quais são os meus medos?
• O que eu gosto?
• O que eu NÃO gosto?
• O que eu quero?
• O que eu NÃO quero?

Quanto mais você tiver a capacidade de responder a essas perguntas de forma PRECISA e HONESTA, maior será seu grau de autoconhecimento.

Autoconhecimento e honestidade pessoal

No parágrafo anterior, eu mencionei a importância da honestidade na hora de responder perguntas sobre si mesmo.

Ninguém gosta de ver a si mesmo como “desonesto”. Porém, isso acontece com maior frequência do que gostaríamos e, pior, nem sempre de forma consciente.

Se eu te perguntar, por exemplo, “do que você gosta”, há uma razoável probabilidade de que você me dirá coisas que nem gosta tanto assim, mas “acha que gosta” por conta de pressão social e fatores culturais.

O mesmo vale para uma pergunta do tipo “quais são seus valores pessoais” ou “quais são seus objetivos” (que é uma variação de “o que você quer”). Muitas vezes, as pessoas não respondem aquilo que elas acreditam ou o que querem – e sim o que elas ACHAM que deveriam acreditar ou querer.

Quer ver um exemplo? Imagine que o que você quer da vida (de verdade) é acordar todo dia às 11h da manhã, ficar o dia inteiro tomando cerveja, “coçando o saco” e sem se preocupar com nada.

Muita gente tem esse tipo de desejo, só que ele é socialmente condenável. Se você disser isso publicamente, alguns vão te apoiar (talvez mais em tom de gozação do que de forma séria), mas a maioria das pessoas vai te julgar e condenar.

Por conta da pressão social, muitas pessoas acabam tendo vergonha de seus próprios desejos e os “encobrem” com desejos e valores pré-formatados. Esses valores e desejos pré-formatados são muito fáceis de identificar: Basta ver as frases motivacionais que as pessoas costumam postar nas mídias sociais e você vai ver um monte de coisas que não passam de mera “sinalização de virtudes”.

Pode apostar que uma boa parte daqueles que dizem querer construir “um mundo melhor prefeririam, na verdade, ficar tomando cerveja o dia inteiro…

Por isso, um dos maiores (senão o maior) pré-requisito para atingir um autoconhecimento verdadeiro é a HONESTIDADE PESSOAL.

Seus desejos, motivações, crenças, limitações e medos são algo que você deve RECONHECER (e mudar, se achar que for necessário), mas não SE ENVERGONHAR.

A importância do autoconhecimento para investidores

Se você tem alguma familiaridade com investimentos, já deve ter ouvido falar dos famosos “perfis de investidor” ou perfis de risco.

A análise do perfil de investidor (que é, inclusive, conhecida pela sigla API) é, na verdade, uma tentativa de ajudar o investidor a conhecer a si mesmo.

As perguntas que se fazem nesse tipo de análise dizem respeito a coisas como tolerância a perdas, planos futuros e grau de conhecimento sobre investimentos. Tudo isso está associado ao autoconhecimento.

Para um investidor ter sucesso, o que ele mais precisa é ter uma noção real de quais são seus medos, qual sua tolerância a perda (isso é fundamental) e qual seu atual grau de conhecimento sobre investimentos.

Nesses aspectos, a falta de autoconhecimento leva a uma visão distorcida de si próprio, que leva ao excesso de autoconfiança, à ilusão de controle e a diversos outros tipos de vieses cognitivos que assolam os investidores.
Um investidor que não reconhece a importância do autoconhecimento tende a ter uma visão distorcida de si próprio.

E, no mundo dos investimentos, essa “visão distorcida de si próprio” costuma fazer com que a pessoa se enxergue como mais esperta, valente e corajosa do que realmente é. E isso acaba se traduzindo em perdas, prejuízo e stress.

No mundo dos investimentos, a falta de autoconhecimento custa caro… Literalmente.

A importância do autoconhecimento para empreendedores

Alguns entusiastas do empreendedorismo gostam de “vendê-lo” como se fosse a solução para o desemprego e para todos os problemas econômicos – e que todas as pessoas deveriam ser empreendedoras.

Eu não sei até que ponto as pessoas que pregam isso são ingênuas (e realmente acreditam no que estão falando) ou se estão apenas fazendo um discurso vazio para vender cursos e livros. O fato é que existe uma coisa que, no mundo do empreendedorismo, se chama de “perfil empreendedor”.

O tal “perfil empreendedor” é um traço de personalidade – e não um conjunto de técnicas. Esse traço de personalidade pode ser desenvolvido em algumas pessoas. Mas outros nunca o terão, por mais que tentem.

Por isso, para ter sucesso no empreendedorismo, é preciso saber se você tem o tal “perfil empreendedor” que envolve, entre outras coisas, a disposição de correr riscos, de lidar com incertezas e a capacidade de tomar iniciativa.

Algumas pessoas simplesmente NÃO CONSEGUEM fazer essas coisas, enquanto outras até conseguem, mas precisam “refinar” esses traços antes de empreender.

O empreendedorismo é um caminho de alto risco. A maioria dos empreendimentos encerra as atividades logo nos primeiros anos (não só no Brasil, mas, praticamente, no mundo todo) e muitas pessoas perdem tempo e dinheiro preciosos por se aventurarem no empreendedorismo sem se prepararem e sem conhecer a si próprias.

Por isso, para ter sucesso no empreendedorismo, é preciso autoconhecimento. É preciso saber se você tem o tal “perfil empreendedor” e, também, saber se suas características pessoais estão alinhadas com o negócio que você pretende desenvolver.

Os negócios ideais (e com maiores chances de sucesso) são aqueles que estão na intersecção entre o que o mercado quer (tem que ter demanda), as suas habilidades (sua capacidade de executar) e ser algo que você quer e gosta (sua disposição de executar).

Sem autoconhecimento, você não conseguirá saber o que quer, o que gosta e quais são as suas habilidades.

A importância do autoconhecimento para a carreira

As decisões sobre carreira profissional costumam ser complexas e angustiantes. Isso porque são decisões que têm impactos no longo prazo e uma decisão mal feita pode causar muito remorso e muitas frustrações.

Uma decisão de carreira não deve (ou pelo menos não deveria) ser tomada só pelo retorno financeiro. Mas também não é muito sensato tomar uma decisão de carreira que desconsidere totalmente o aspecto financeiro (e tem muita gente que faz isso… a turminha do “siga sua paixão”).

Leia aqui:

Quais são as carreiras profissionais mais rentáveis

É possível enriquecer tendo um emprego?

Uma carreira ideal (e de sucesso) é, em grande parte, similar ao “negócio ideal” descrito no tópico anterior. É uma “conjunção de fatores”.

A carreira ideal é aquela que consegue combinar, da melhor forma possível, o retorno financeiro, as perspectivas futuras (não só de dinheiro, mas de realização pessoal), suas habilidades, suas limitações, seus valores pessoais e seus desejos.

Porém, previsivelmente, é muito difícil você tomar uma decisão “acertada” se não tiver total clareza de quais são seus desejos, limitações e objetivos. Daí a importância do autoconhecimento para o sucesso numa carreira.

Como desenvolver o autoconhecimento

Uma forma “caseira” de desenvolver o autoconhecimento é se fazendo as perguntas que foram propostas no começo do artigo e tentando respondê-las, da forma mais honesta e sincera possível.

Mas aqui vai uma sugestão: Faça um exercício mental e imagine que você é a única pessoa do mundo. Faça de conta que não existe mais ninguém no mundo e você é o “último sobrevivente”.

Ou seja, não tem ninguém para te julgar, acusar ou dizer o que você deve fazer, querer ou acreditar. Você é totalmente livre e não deve satisfações para ninguém!

Como você responderia a essas perguntas se não precisasse se preocupar com ABSOLUTAMENTE NINGUÉM a não ser consigo mesmo?

As respostas que você se der, nessas circunstâncias, serão as mais honestas.
Outra possibilidade (se a minha sugestão falhar) é buscar outros métodos de autoconhecimento que você possa aplicar sozinho (apenas cuidado com algumas baboseiras do mundo da autoajuda) ou buscar algum tipo de ajuda profissional.

Algumas abordagens terapêuticas podem ajudar nesse processo (caso você não precise de apoio externo nesse processo).

Conclusão

Se você quer ter sucesso, um caminho é esperar um golpe de sorte acontecer e a vida dos seus sonhos “cair no seu colo”.

O outro caminho é construindo o próprio sucesso (e não esperando a sorte te agraciar). Porém, sem autoconhecimento, suas chances de construir o próprio sucesso serão bastante limitadas.